A juventude cristã e a política. A igreja por muito tempo afastou a política de seus templos e da sua juventude, mesmo sendo uma geração de grandes conquistas como: Diretas Já, caras-pintadas e, que tiraram Collor do poder.
Conquistas que para esta geração de hoje chamada de “geração passiva” seria muito além, jamais almejariam tanto.
Creio que por causa deste desprezo e falta de interesse da liderança em geral das religiões, eles acabam se tornando os grandes responsáveis da passividade que hoje faz parte da história dos jovens, principalmente aos nascidos depois da segunda metade da década de 1980 no Brasil.
Com isso, ainda temos uma parte da juventude atual que vive com a mentalidade antiga e não cumprem com o seu papel de cidadãos e vão vivendo como se a política fosse um caso perdido, portanto seria inútil se pensar a respeito.
Não se envolvem com causas coletivas, estão por fora do cenário nacional e local, quando votam, o fazem apenas para cumprir uma obrigação.
Olhando para Jesus Cristo, nos deparamos com um exemplo vivo, de um homem que sabia para onde caminhava.
Quando o cenário político era de exploração e dominação, ele não se deixava abater.
Quando seus seguidores esperavam dele a rebelião, ele dizia que não era por meio de armas que seu reino iria chegar.
Contudo, não teve medo de erguer sua voz contra a injustiça e dizer que veio pregar boas-novas aos pobres, proclamar liberdade aos cativos, libertar os oprimidos e anunciar o ano aceitável do Senhor (Is 61.1-2).
Os jovens dessa atual geração começaram a lutar por seus direitos nos movimentos como o Passe Livre em junho de 2013, mas foi apenas a reverberação de tudo aquilo que eles reclamavam há muito tempo, embora nem sempre consigam ser ouvidos.
Mas ainda acredito, que boa parte de nossa juventude do agora, vejam a realidade do que está acontecendo no meio político e social e estão de olhos abertos para o que está acontecendo no país. E não se deixam abater pela desesperança ao compreender que a minúscula semente de mostarda há muito tempo plantada começou a brotar!
Lembremos do exemplo do nosso Senhor. Que a nossa fé no invisível nos capacite a arregaçar as mangas para a transformação das mazelas visíveis.
Que os nossos pés sejam ágeis na proclamação do evangelho da paz e que nossas mãos não se cansem de servir a todos os cidadãos.
E que a marca da nossa juventude não seja a passividade que reclama mas não se move, mas a esperança, marcada por uma alta voz em ação.
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