Coliseu de Roma: História Viva. O Coliseu, um símbolo indiscutível da Roma Imperial, é um anfiteatro oval localizado no coração da cidade, e sua história é tão fascinante quanto suas grandiosas estruturas.
Por César Magalhães
Neste artigo, vamos explorar a rica história do Coliseu, desde sua construção até seu status atual como uma das principais atrações turísticas do mundo.
Coliseu de Roma: Maravilha Imperial
A construção do Coliseu começou em 72 d.C. sob o governo do Imperador Vespasiano e foi concluída em 80 d.C. durante o reinado de seu sucessor, Tito. Este magnífico edifício, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, foi projetado para abrigar entre 50.000 e 80.000 espectadores, com uma média de cerca de 65.000 pessoas assistindo aos espetáculos.
Os três imperadores que governaram durante a construção – Vespasiano, Tito e Domiciano – são conhecidos como a dinastia Flaviana. O Coliseu foi nomeado em latim em homenagem a essa família, e sua estrutura foi feita de tijolos revestidos de argamassa e areia, originalmente coberta com travertino. O lugar escolhido para a construção estava localizado em um vale entre as colinas de Célio, Esquilino e Palatina, que havia sido devastado por um grande incêndio durante o governo de Nero.
Coliseu de Roma: Símbolo da História
O Coliseu foi o coração do entretenimento romano, onde os cidadãos testemunhavam combates de gladiadores, simulações de batalhas marítimas, caçadas de animais selvagens, execuções e encenações de batalhas históricas.
Os jogos inaugurais, em 80 d.C., celebraram sua grandiosidade e duraram mais de 100 dias.
Durante esse período, 9.000 animais foram mortos, impressionando ainda mais o público.
Além disso, o Coliseu teve diversos outros usos ao longo dos séculos.
Na Idade Média, ele se transformou em habitação, oficina, sede de uma ordem religiosa e até em fortaleza.
Com o tempo, o Papa Bento XIV consagrou o Coliseu como santuário cristão no século XVII, aumentando ainda mais sua importância histórica e cultural.
A Influência Cultural do Coliseu
O Coliseu não é apenas um monumento histórico; ele também simboliza a grandiosidade da cultura romana e a importância da Igreja Católica.
A cada Sexta-feira Santa, o Papa conduz a Via Crucis, que começa exatamente no Coliseu.
Esse evento anual reforça ainda mais o valor religioso do local. Além disso, o Coliseu tem uma presença significativa na moeda de 5 cêntimos da versão italiana do euro, o que ajuda a destacar sua profunda importância para a identidade nacional italiana.
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Coliseu de Roma: História Viva. Arquitetura e Engenharia do Coliseu
O Coliseu é uma maravilha da engenharia romana, com sua estrutura composta por cinco anéis concêntricos de arcos abobadados. A planta elíptica do Coliseu mede aproximadamente 190 metros de comprimento por 155 metros de largura, e a fachada possui arcadas decoradas com colunas dóricas, jônicas e coríntias. O piso da arena, que media 87,5 metros por 55 metros, era coberto de areia para absorver o sangue dos combates.
Uma das inovações mais impressionantes do Coliseu foi o velarium, uma enorme cobertura de lona que protegia os espectadores do sol. Esta estrutura era operada por marinheiros experientes que utilizavam um complexo sistema de cordas e mastros. O velarium não apenas proporcionava sombra, mas também criava um ambiente dramático para os espetáculos, com a arena sendo iluminada pelo sol enquanto os espectadores permaneciam nas sombras.
Os Gladiadores e as Caçadas
Os gladiadores, muitas vezes escravos ou prisioneiros de guerra, eram treinados em escolas específicas para lutar no Coliseu. As competições eram brutais, e os vencedores recebiam prêmios em dinheiro e a glória do público. Os combates de gladiadores eram apenas uma parte dos jogos; as caçadas de animais selvagens, chamadas venationes, eram igualmente populares. Animais exóticos, como leões, tigres e rinocerontes, eram trazidos de todo o Império Romano para serem caçados na arena.
As caçadas eram organizadas em cenários elaborados, onde os animais eram forçados a lutar uns contra os outros ou contra os venatores, caçadores especializados. Os venatores eram frequentemente escravos ou prisioneiros e eram responsáveis por capturar ou matar os animais. O Coliseu se tornou um local de exibição de poder e riqueza, onde os imperadores podiam demonstrar sua generosidade ao povo romano.
A Queda do Coliseu
Embora o Coliseu tenha funcionado até o século VI, os jogos com mortes humanas foram proibidos em 404 d.C. A partir de então, o Coliseu passou por um período de declínio. Danificado por terremotos e saques ao longo dos séculos, o edifício perdeu grande parte de seu material nobre. Em meados do século XIII, a família Frangipani transformou o Coliseu em fortaleza, e durante os séculos XV e XVI, ele foi saqueado várias vezes.
O Coliseu Hoje
Hoje, o Coliseu é uma das atrações turísticas mais populares da Itália, recebendo milhões de visitantes anualmente. Em 2007, foi informalmente eleito uma das sete maravilhas do mundo moderno. Apesar dos danos e da degradação ao longo dos séculos, o Coliseu permanece como um símbolo duradouro da grandeza de Roma e um testemunho da habilidade arquitetônica dos romanos.
Recentemente, o governo italiano anunciou planos para a criação de um novo piso retrátil, que permitirá a realização de eventos culturais, como produções teatrais e concertos, no Coliseu, restaurando um pouco de sua antiga glória. À medida que continuamos a explorar e preservar esse magnífico monumento, o Coliseu continua a nos lembrar da rica e complexa história de Roma.
Conclusão
O Coliseu de Roma é muito mais do que uma estrutura antiga; é um ícone que encapsula a essência da civilização romana.
Desde suas origens como um centro de entretenimento brutal até seu status atual como um Patrimônio Mundial da UNESCO, o Coliseu é um lugar onde a história, a cultura e a engenharia se encontram, oferecendo uma janela fascinante para o passado.
Ao visitar Roma, não deixe de explorar este grandioso anfiteatro e refletir sobre as histórias que suas pedras têm a contar.
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