O simples reconhecimento equivocado de um criminoso pela vítima, por si só, não é ato ilícito, ainda mais quando não comprovada a má-fé da atitude. Por isso, a 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça livrou o estado do Rio Grande do Sul e o hoje desembargador Rinez da Trindade de pagar dano moral ao médico do Exército Rodrigo Fialho Vianna, apontado, equivocadamente, como o assaltante do magistrado.
O caso traz à tona uma discussão: será que o nosso cérebro pode criar faces não reais? A resposta foi trazida pelo Pós PhD em Neurociência, Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, que é autor de um estudopublicado pela revista ciência latina sobre a memória dos rostos. No trabalho, o especialista comprovou que a capacidade de gravar rostos de pessoas que moram em cidades grandes é muito menor do que as que residem em cidades pequenas.
Segundo Fabiano, fatores como o tipo de crime, ângulo de visão, duração, intensidade, uso e tipo de arma, entre outras variáveis devem ser levadas em consideração para a capacidade de memorização, claro, também sendo levado em consideração a pessoa que memorizou. Cada detalhe da cena do crime, entre a pessoa que reconheceu o rosto do e o criminoso deve ser levada em consideração. O período entre o acontecimento e o reconhecimento é bastante significativo já que, o tempo molda a figura com base na persistência.
Fabiano alerta ainda que existem muitos fatores que precisam ser levados em consideração nesses casos: similaridade de tipos de rostos na região, se quem vai reconhecer o rosto é a vítima direta ou não, se ela teve impacto emocional no crime, o tempo que o crime aconteceu. Isso é apenas um lapso do tanto de pontos que devem ser levados em consideração para o reconhecimento facial.
Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FACMED – Faculdade de Medicina no Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México, membro FIEPS e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro de 4 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa International e a mais restrita do mundo Triple Nine Society.